Jimmy? Saia da bolha
Eu pego o saca-rolhas
E abro a champanha
Em comemoração por essa façanha
Jimmy! Acorde. O dia está raiando
Lindo mesmo. Mil pássaros cantando...
Não gosta de pássaros, Jimmy?
Eu adoro. E faço com que eles rimem
Jimmy... Há pouco me disseram...
Você está morto, meu amigo? É a notícia que me deram
A sua redoma de vidro te fez tão mal...
Mas você é um cara fino, supimpa, legal
Por isso, Jimmy, ainda creio no seu estouro
Não se assuste, não sou sujeito de mau agouro
Só quero te animar, te fazer quebrar, despedaçar
Essas cadeias que não te permitem voar
Jimmy? Está aí? Venha cá
O sol já nasceu
Mario Sergio
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Fibras nervosas
Sentimento difuso,
Vem, queima, arde, me deixa confuso,
Parece um fuso
Formando com linhas trevosas
Tecidos de fibras talvez bem nervosas...
Este horário de inquietações tão grudentas,
Gosmentas...
Me põe em tormentas
Escuras. Agruras de uma mente em agonia
Que anseia e clama pelo raiar ligeiro do dia!
Mario Sergio
Vem, queima, arde, me deixa confuso,
Parece um fuso
Formando com linhas trevosas
Tecidos de fibras talvez bem nervosas...
Este horário de inquietações tão grudentas,
Gosmentas...
Me põe em tormentas
Escuras. Agruras de uma mente em agonia
Que anseia e clama pelo raiar ligeiro do dia!
Mario Sergio
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Proporcionais
Flertes bem proporcionais
Aos sorrisos sem iguais
Que você desfila pelas ruas
Madame, já te disse alguma vez
Que me aventuraria num navio chinês,
Mercante clandestino, pra enroscar o seu no meu destino?
Então ouça muito bem, podemos planejar um neném
Ou uma casa de praia bem humilde, junto, perto do arrecife
Se você quiser, e corresponder, aos flertes proporcionais...
Mario Sergio
Aos sorrisos sem iguais
Que você desfila pelas ruas
Madame, já te disse alguma vez
Que me aventuraria num navio chinês,
Mercante clandestino, pra enroscar o seu no meu destino?
Então ouça muito bem, podemos planejar um neném
Ou uma casa de praia bem humilde, junto, perto do arrecife
Se você quiser, e corresponder, aos flertes proporcionais...
Mario Sergio
Pequenos sinais madrugadeiros (e rotina)
Um pássaro canta. É um aceno?
Olho da varanda e vejo enevoado.
As luzes dos postes geram cintilações bonitas.
Ninguém nota.
Cinco da manhã, ruas vazias.
Logo mais, começa a labuta.
Acordam, se trocam, tomam um café mal tomado
E correm, correm, correm o dia inteiro
Recebem xingos, se fazem de amigos. Falsidade aqui.
Hipocrisia ali. Fingimento e fingimento. Postura social.
Acumulam dinheiro, dinheiro, dinheiro. Fumam mal fumado.
Cadê os cinzeiros? Eu não sei. As donas das lojas,
Os donos dos escritórios e os patrões dos operários
Esconderam.
Mario Sergio
Olho da varanda e vejo enevoado.
As luzes dos postes geram cintilações bonitas.
Ninguém nota.
Cinco da manhã, ruas vazias.
Logo mais, começa a labuta.
Acordam, se trocam, tomam um café mal tomado
E correm, correm, correm o dia inteiro
Recebem xingos, se fazem de amigos. Falsidade aqui.
Hipocrisia ali. Fingimento e fingimento. Postura social.
Acumulam dinheiro, dinheiro, dinheiro. Fumam mal fumado.
Cadê os cinzeiros? Eu não sei. As donas das lojas,
Os donos dos escritórios e os patrões dos operários
Esconderam.
Mario Sergio
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