terça-feira, 19 de julho de 2011

Confissão

Confesso que amo, mas não sei se vale a pena amar
Confesso que tenho medo, mas não sei se vale a pena temer
Confesso que estou triste, mas não sei se vale a pena estar
E confesso que precisava confessar tudo num poema banal

Nem só de letras se fazem os poetas (ainda mais os poetas despoetizados)
Nem só de palavras, versos, estrofes, metáforas mal-acabadas
Os poetas também comem, bebem, suam
Os poetas também choram, riem, gritam
Os poetas também vivem (ou, pelos menos, pensam viver)

Eu sou poeta (não dos melhores, eu sei)
Eu vivo (ou penso viver. Talvez apenas sobreviva)
Eu choro, rio, grito (gritos escondidos, nunca ouvidos, só por mim sentidos)
E eu como, bebo, suo (não tanto. Que suar é coisa de homem e eu sou um moleque)
E eu não sou feito de letras, versos, estrofes, metáforas mal-acabadas (não totalmente)

Mario Sergio

4 comentários:

  1. muito bom Mario,
    passa o sentimento pelo que escreve...
    adorei.

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  2. Mário, o poeta que transcreve pelos poros... tdo mto lindo querido amigo.

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  3. Poetas despoetizados... já me senti assim também, Marião! hahaha

    Lindos poemas, cara. Tà achando sua essência poética mesmo

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  4. lindo demais esse poema, adorei!!!!!

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