terça-feira, 18 de outubro de 2011

Perdido

Eu sou um diamante bruto,
um diamante bruto em lapidação cruel
Aparam as minhas arestas com doído cinzel

Eu sou um anjo sem asas, auréola ou lugar no Céu,
preso na Terra por um erro tolo, oculto no Véu
Quem me vê não imagina o quanto eu caí

Antes do nada, eu era tudo, tudo e junto ao Todo,
mas me desgarrei do rebanho e os lobos me abocanharam sem dó

A ovelha negra perdida, esperando o Pastor,
esse sou eu, esse eu sou

Mario Sergio

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