segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sarça Ardente

Há quem diga que vereis o amanhã radiante
Mas como diz isso se nem pensa num instante que o amanhã talvez não venha?

É difícil acreditar, mais difícil ainda ter que duvidar de tudo
Andar sem chão pra pisar, tudo é movediço,
Um mar de impossibilidades. Todas possíveis
Tudo possível
Assustador

É poder sem limites
A mente quem dita as regras
A mente quem dá as cartas e até blefa
Você fica na indecisão... indecisão... imensidão...
O tempo todo a mesma coisa. Quase loucura, quase sanidade
Amor, ódio, bondade, maldade, luz, trevas, dia, noite...
É um par aqui, outro lá e mais um quem sabe onde
Sempre, sempre, sempre

Se a cabeça não é bom conselheiro, então decide ouvir o coração
Mas como ouvir o coração?
O que pode ele falar?
Ou melhor. Em que língua, que linguagem?
Sinais, alfabetos, pinturas, desenhos, sons...? Sei lá
Ouvir o coração, ouvir o coração, ouvir o coração

Você saca algumas nisso aí
Diria insights... em sites... in sítios...
Sítios verdejantes... deitado sobre... Ele guiará
Quem? Ele... Você sabe. Já O ouviu uma ou duas vezes
Quando? Silêncio. No silêncio...
Não deu atenção, claro. Geralmente não dão
Geralmente querem ser superiores a tudo... Inclusive a...
Deixe quieto. Já deu pra entender

Mas de volta ao centro. Teocentro
Ele... Sim. Quando silencia a mente, a Voz vem
É preciso se livrar de tudo. Nem que seja por um instante
Um instante eterno, bem verdade
É como um big bang interno,
Um universo nascendo dentro de si
Ou talvez uma reconexão...
Não dá pra explicar o que não tem explicação
Aceite. Nem tudo tem. Há coisas que fogem a mais afiada razão
Correm, saltam, voam e deixam poeira no ar e frustração
Eu sei...
Então a sarça arde e booommm

O peregrino canta, dança, pula e adora
Adora... Adorar... A dourar a carne e torná-la saborosa pra Ele
Se entregue, não hesite. A salvação bate às portas e levita. Seja rápido,
Agarre-a pelas pernas e voe junto

Amém

Mario Sergio

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